Atenção Geração Anos 80, esse post é pra vocês.
Sabe aqueles tão amados filmes, ditos clássicos, da galerinha dos anos 80. Aqueles filmes que até hoje fazem parte de nossa lembrança como os melhores filmes de nossas infâncias? Aqueles que passam até hoje na Sessão da Tarde e TCM (e que nós sempre paramos pra assistir)? Aqueles que gostaríamos que fossem feitos até hoje e que sentimos tanta falta nos cinemas atualmente?
Sabe aqueles tão amados filmes, ditos clássicos, da galerinha dos anos 80. Aqueles filmes que até hoje fazem parte de nossa lembrança como os melhores filmes de nossas infâncias? Aqueles que passam até hoje na Sessão da Tarde e TCM (e que nós sempre paramos pra assistir)? Aqueles que gostaríamos que fossem feitos até hoje e que sentimos tanta falta nos cinemas atualmente?
Siiiiiiiiiiiiim, eles voltaram!
E o nome é: Super 8!
Produzido
e dirigido por J. J. Abrams (Lost, Cloverfield e Startrek) - um dos
novos, talentosos e já não mais promissórios nomes do cinema - e com a
colaboração do mestre da sétima arte Steven Spielberg, Super 8 é uma
aula de "fazer cinema" para qualquer pessoa que se meta nessa área.
Resgatando
o classissismo do cinema anos 80, sobre uma história de terror
setentista sobre seres extra-terrestres, Área 51 do governo americano,
suspense, personagens juvenis muito bem escalados e que conduzem o
desenrolar da trama, além de conflitos sentimentais, perdas e
arrependimentos, Super 8 traz uma trama muito bem desenvolvida e rica,
com ótimos efeitos visuais (não exagerados, o que é muito importante),
mas que como já disse, não agarra somente à tecnologia - o que tem
sido o defeito da maioria dos filmes atuais, ainda mais com a moda 3D,
que para mim é totalmete dispensável (mas isso é assunto para um
outro post).
Não
irei aqui fazer spoillers sobre o filme para quem ainda não assistiu,
mas comentarei algumas passagens da película pra que o gostinho de
assistí-lo venha à tona.
A
trama começa com a perda da mãe do personagem principal já
subentendida na sequência de abertura, a dor do pai do garoto, a
dificuldade na relação dos dois e introduzindo personagens secundários
que estão envolvidos nessa questão sentimental. Vemos um leve drama,
que dá profundidade ao filme.
Sem
a necessidade de um roteiro explicativo e esmiuçado, que poderia
tornar o filme longo e cansativo. Eis aí mais um mérito de J. J.
Abrams. As explicações são soltas durante o filme, de forma que não
atrapalhem e nem distraia o foco principal da trama, e colaborando
ainda mais para o suspense do filme.
Em seguida somo apresentados ao mundo deste garoto, seus amigos, escola, dia a dia da cidade, seu interesse amoroso (a linda e ótima Ellen Fanning) e o desenrolar da trama, baseado na produção de um filme caseiro desses amigos com um câmera SUPER 8 (daí o nome do filme).
Entre excelentes takes, com tons anuviados, a contra-luz de J. J. Abrams sempre presente é que dá-se a cena-chave de todo o desenrolar da trama.
É filmando uma cena para o filme da turminha (ótima por sinal - o gordinho, o dentuço, o bonito burro, a linda garota e o herói) que vemos um excelente cena de explosão do trem na estação, onde os mesmos estão. E e lá que está todo o mistério da trama.
Esse
grupo de jovens presencia o ocorrido, vai ao lugar do desastre, ouvem
algumas revelações e querendo ou não, acabam envolvidos na trama.
A
partir daí temos o exército na cidade, o pai policial tentando botar
ordem no recinto e os garotos em sua grande investigação paralela
sobre o que era aquilo que eles encontraram no trem.
J.
J. Abrams mantém o suspense do mosntro extra-terrestre com muita
destreza, utilizando simplesmente truques de câmeras. Há momentos em que
o monstro é filmado totalmente de frnte, mas mesmo assim não
conseguimos identificar direito a forma do mesmo. Muito bom!
Depois de muitas aventuras, momentos engraçadíssimos, emocionantes e românticos, a trama tem seu clímax na revelação do monstro e na sua história pessoal, com cenas falsas de documentários militares antigos sobre a origem do monstro, mostrando que o vilão sempre foi o homem, e não o ser extra-terrestre.
Fortíssima relação com o filme E.T. de Steven Spielberg.
No final, aguarde os créditos e dê bastante risadas com o filme produzindo pelos garotos na trama.
Enfim,
não precisa de muito para um excelente filme ser feito, basta mostrar
amor pela arte, sem apenas pensar nos efeitos visuais, no 3D e altas
explosões, típicas de Transformers da vida.
Apostar
na atuação, no talento, na direção de arte, boa trilha e cuidado no
roteiro sempre foio receita certa de sucesso, tanto nas bilheterias,
quanto na crítica.
Um
filme é que a junção de Goonies com E.T., porém não sendo apenas uma
cópia, tornando-se original, e com méritos, porém resgatando todo
aquele imaginário oitentista que tanto sentíamos falta, com um ótimo
diretor, roteirista e produtor, sensível e sabendo o que o
telespectador quer não tem como dar errado.
Ficha Técnica
Gênero: aventura e ficção científica
Direção: J. J. Abrams
Roteiro: J. J. Abrams
Elenco: Kyle Chandler, Elle Fanning, Ron Eldard, Noah Emmerich, Joel Courtney, Riley Griffiths, Ryan Lee, Zach Mills e Gabriel Basso.
Ano: 2011.
Nota: 9.5 pimentinhas.
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